Gênio de apenas 15 anos inventa teste para detectar o câncer e pode salvar milhões

O jovem inventor, de Crownsville, Maryland, inspirou-se a trabalhar nesse projeto depois de testemunhar a morte de um amigo próximo por câncer no pâncreas. Ele entendeu que a detecção do câncer de pâncreas em estágio avançado é praticamente uma sentença de morte, o diagnóstico precoce torna possível a sobrevivência.

E assim Andraka começou uma jornada para criar uma maneira de detectar o câncer mais cedo. Durante a pesquisa, ele descobriu que o método mais recente de detecção tinha 60 anos. Isso, é claro, é inaceitável.

Então, ele trabalhou para inventar um método que, segundo relatos, é 168 vezes mais rápido, 26 mil vezes mais barato e 400 vezes mais sensível. Ah, e é 100% preciso, comparado aos 70% que o método mais antigo ostentava.

“Fiz a descoberta com um laptop, um smartphone e algumas pesquisas online”, disse ele à National Geographic.

O primeiro passo de Andraka foi isolar uma molécula de proteína como marcador biológico do câncer de pâncreas, já que ela aparecia durante os estágios iniciais da doença. O nome da proteína é mesotelina: ele conseguiu localizá-la depois de 4 mil tentativas.

Ao mesmo tempo, por coincidência, a aula de ciências da escola de Andraka discutia anticorpos — moléculas que se ligam a uma proteína específica.

Foi uma combinação dessas duas coisas que deu a ele a idéia de encontrar um anticorpo que se ligasse ao seu marcador biológico de mesotelina.

Com isso em mente, Andraka estabeleceu uma teoria de que, entrelaçando anticorpos com uma rede de nanotubos (cilindros 50 mil vezes mais finos que o diâmetro do fio de cabelo humano), seria possível detectar níveis mais altos de mesotelina presentes em amostras de sangue desde o estágio inicial pacientes com câncer de pâncreas.

Levando a pesquisa adiante

Estava na hora de Andraka testar sua teoria, embora, é claro, isso não pudesse ser feito em qualquer lugar. Ele elaborou um orçamento, compilou uma lista dos materiais necessários, uma linha do tempo e um procedimento. Ele enviou todas essas informações para 200 pesquisadores, na esperança de que um deles oferecesse um laboratório.

199 pesquisadores o recusaram. Felizmente, o patologista e pesquisador de câncer de pâncreas da Escola de Medicina John Hopkins Anirban Maitra disse que sim.

Após esforços exaustivos e inúmeras tentativas e erros, Jack Andraka inventou um pequeno dispositivo capaz de detectar o câncer precocemente e é, segundo informações, 100% preciso. Ainda é preliminar, mas as empresas farmacêuticas estão interessadas e a notícia está se espalhando

Andraka acredita que seu dispositivo poderia, através de conceitos semelhantes, detectar qualquer doença.

Ele disse à National Geographic: “Ao mudar o anticorpo, esse sensor pode ser capaz de detectar marcadores biológicos de Alzheimer, doenças cardíacas, HIV, malária e outros cânceres.

“Não pude salvar meu amigo que morreu de câncer no pâncreas, mas espero ter descoberto algo para que outras famílias não enfrentem tristeza semelhante”.

Muito bem, Jack! Que jovem inspirador e que coisa incrível ele fez.

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