Eu adoro assistir ao “Antiques Roadshow”. Sempre que está passando, imagino como seria ser uma das almas sortudas que percebem que estão sentadas em um tesouro desconhecido.
Porque é notável a quantidade de pinturas, jóias ou cerâmicas antigas que valem muito dinheiro. Basta perguntar a este casal francês, cujas vidas foram mudadas quando encontraram um vaso em seu sótão no início deste ano.
Foi, de acordo com a Sotheby’s, um achado incrivelmente raro. Um casal francês estava arrumando o sótão quando viram uma caixa de sapatos velha e surrada.
Dentro havia um vaso estranho, que foi deixado para os avós dos donos da casa por um tio. O homem morreu em 1947, e o objeto estava entre os pertences encontrados em seu apartamento em Paris – junto com outra porcelana chinesa, duas vestes de dragão, um tecido de seda amarelo e um estranho espelho de bronze.
Mas este velho vaso, que estava nas mãos do casal francês, não era apenas uma antiguidade perdida no sótão.
Quando eles fizeram a descoberta, foram imediatamente para a Sotheby’s em Paris para avaliar o vaso.
Lá foi revelado que ele era do século XVIII. E não só isso, era da Dinastia Qing da China e era único.
“Nós não encontramos apenas um vaso no sótão. É como se tivéssemos encontrado um Michelangelo ou um Rembrandt. É algo extremamente raro, feito para o imperador da China ”, disse o especialista da Sotheby’s, Olivier Valmier, à NBC News.
Os especialistas avaliaram que o vaso valia algo entre US$ 600 mil e US$ 800 mil.
Mas a casa de leilões, como o casal, ficou chocada quando o vaso foi vendido.
Ele foi arrematado por aproximadamente US$ 19 milhões, tornando-se o item individual mais caro já vendido na Sotheby’s em Paris – e também a peça mais cara de porcelana chinesa já vendidana cidade.
#AuctionUpdate A 16,2 millions €, le vase Qianlong devient le record absolu pour une œuvre vendue chez Sotheby’s Paris et le record pour une porcelaine chinoise vendue en France #SothebysAsianArts pic.twitter.com/iSm16Z1yFq
— Sotheby's France (@SothebysFr) June 12, 2018
O curioso é que o casal não gostava nem um pouco do vaso.
“Nós não gostamos muito do vaso, e meus avós também não gostavam”, disse um deles à AFP.
Henry Howard-Snyed, da Sotheby’s, diz que devemos esperar ver descobertas similares no futuro.
“A arte chinesa tem sido admirada e coletada em toda a Europa há séculos, mas a importância de certas peças é ocasionalmente perdida com o tempo. Dado o enorme apetite pela arte chinesa entre os colecionadores de hoje, agora é o momento de vasculhar suas casas e sótãos, e chegar até nós com qualquer coisa que você possa encontrar!” Ele escreveu em um comunicado de imprensa emitido pela Sotheby’s.
Você ouviu o especialista, agora é hora de vasculhar as pilhas de coisas em nossos sótãos e porões e esperar pelo melhor!
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