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Rhys Russell tinha apenas 18 anos quando sua vida foi tragicamente interrompida por uma forma silenciosa e agressiva de câncer, que quase não deu sinais de alerta. Sua história é um lembrete marcante de que o melanoma, muitas vezes visto como uma preocupação apenas para adultos mais velhos ou pessoas muito expostas ao sol, pode surgir de forma rápida e devastadora, mesmo em jovens saudáveis.
Tudo começou com algo aparentemente inofensivo: uma pequena mancha vermelha no couro cabeludo de Rhys, notada certa noite sob a luz forte do banheiro. Não doía. Não coçava. Não havia pinta, nem mudança perceptível — apenas uma mancha escondida sob seus cabelos grossos. Inicialmente ignorada, só depois de algum tempo a família decidiu levá-lo ao médico. Essa decisão mudaria tudo.
Em novembro de 2021, Rhys foi diagnosticado com melanoma. No início de 2022, o câncer já havia progredido para o estágio quatro, espalhando-se rapidamente para o fígado, pulmões e outros órgãos. Apesar do tratamento agressivo, das terapias-alvo e da radioterapia, Rhys enfrentou dores terríveis à medida que a doença avançava mais rápido do que qualquer um poderia imaginar.
O melanoma é um dos tipos mais agressivos de câncer e nem sempre segue padrões previsíveis, segundo o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS). Embora geralmente associado à exposição solar, o caso de Rhys não apresentava gatilhos ambientais óbvios — algo que seu pai, Oli, enfermeiro comunitário, hoje destaca em suas campanhas de conscientização.
“Acho que há um grande equívoco de que as pessoas acreditam que o melanoma é algo que só acomete quem vive no sol o tempo todo, e isso nem sempre é verdade”, disse ele ao Daily Mirror. “Também pode ter origem genética.”
Ele acrescentou: “Se você notar qualquer coisa diferente no seu corpo, mesmo que pareça algo pequeno, converse com alguém e procure um médico. Porque passar pelo que passamos, especialmente nas últimas semanas, vendo ele definhar, sem conseguir andar, tendo que usar cadeira de rodas e ficar de cama — e como o tumor também estava no cérebro, isso afetou até seu comportamento.”

Apesar do desgaste físico, o espírito de Rhys permaneceu forte. Ele passou seus últimos dias cercado pela família e encontrou conforto em uma emocionante chamada de vídeo com seu ídolo do futebol, o astro do Manchester City, Jack Grealish. O gesto do jogador — uma camisa autografada e uma mensagem pessoal — elevou o ânimo de Rhys em seus momentos mais dolorosos. Pouco antes de falecer, Rhys assistiu ao vídeo dessa conversa pela última vez, um lampejo de alegria em uma despedida devastadora.
Agora, os pais de Rhys, Oli e Lauren, ambos profissionais de saúde, estão compartilhando sua história pelo mundo. Eles defendem uma melhor educação sobre os sintomas ocultos do melanoma e lutam por diagnósticos mais precoces, especialmente entre os jovens. O objetivo é evitar que outras famílias passem pela mesma dor que enfrentaram.
Como parte da homenagem ao legado de Rhys, eles estão arrecadando fundos para realizar seu último desejo: espalhar suas cinzas no jardim memorial do Estádio Etihad, do Manchester City. A campanha da família Russell no GoFundMe reflete seu amor, sua perda e a determinação inabalável de transformar a dor em propósito.
A morte de Rhys é um lembrete comovente de que o melanoma nem sempre se manifesta com sintomas evidentes. Às vezes, ele sussurra. Às vezes, se esconde. Mas, por meio da conscientização, da vigilância e da ação precoce, vidas como a dele podem ser salvas.
Você pode apoiar a jornada da família Russell e o legado de Rhys fazendo uma doação no GoFundMe.
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