Donald Trump e Jeffrey Epstein. Crédito / Getty Images
O aparente impasse envolvendo os arquivos de Epstein tem dominado manchetes nos últimos meses.
Para a grande maioria do público, sempre foi algo óbvio: quem está no poder deveria liberar os arquivos, independentemente de seu conteúdo ou de quem eles pudessem incriminar. Porém, por motivos inexplicáveis para qualquer pessoa com um mínimo de bom senso, a liberação foi bloqueada, adiada e impedida repetidas vezes.
Para tornar tudo ainda mais confuso, o próprio Trump foi vocal durante sua campanha eleitoral, prometendo divulgar os arquivos custe o que custasse. Mas, quando chegou a hora de cumprir, ele passou a minimizar o caso Epstein como uma “farsa” — segundo ele, uma armação dos democratas para tirar o foco de suas conquistas.
Até agora.
Diante de enorme pressão das vítimas de Epstein, dos democratas e até de membros do próprio partido republicano, Trump mudou o discurso e, dias atrás, passou a apoiar a liberação dos arquivos.
Ontem, 20 de novembro, ele assinou um projeto de lei ordenando a divulgação de arquivos governamentais relacionados ao notório agressor sexual Jeffrey Epstein.

“Talvez a verdade sobre esses democratas e suas associações com Jeffrey Epstein finalmente seja revelada, porque EU ACABEI DE ASSINAR A LEI PARA LIBERAR OS ARQUIVOS DE EPSTEIN!”, escreveu Trump.
Vale dizer que esses arquivos são diferentes das mais de 20.000 páginas de documentos que o Congresso divulgou na semana passada, algumas das quais mencionam Trump pelo nome.
Em 2018, por exemplo, o falecido Epstein escreveu sobre Trump: “Eu sou o único capaz de derrubá-lo” e “Eu sei o quão sujo Donald é”.
Trump tem afirmado repetidamente que não teve envolvimento com Epstein além de uma amizade, que, segundo ele, terminou de forma ruim no início dos anos 2000 (antes de surgirem rumores sobre os crimes de Epstein).
O irmão de Epstein, Mark Epstein, no entanto, fez recentemente uma alegação controversa, sugerindo que há um motivo muito específico para Trump de repente ter começado a defender a liberação dos arquivos de Epstein, depois de aparentemente fazer de tudo para empurrar o assunto para debaixo do tapete pelo maior tempo possível.
Trump e seus aliados mais próximos estavam chamando o caso Epstein de “farsa” e “distração” até dez dias atrás, e por isso a mudança repentina de postura do presidente pode soar estranha para alguns.
Mas, para Mark Epstein, faz todo o sentido.
Falando à NewsNation, Epstein afirmou: “Recentemente, me disseram que o motivo pelo qual eles vão liberar esses documentos — e o motivo dessa mudança — é que eles estão sanitizando os arquivos.”

Ele também afirmou que o diretor do FBI, Kash Patel, estaria envolvido no suposto esquema, alegando ter ouvido que a “limpeza” dos arquivos estaria acontecendo na Virgínia.
“Existe uma instalação em Winchester, Virgínia, onde eles estão limpando os arquivos para tirar os nomes de republicanos,” disse Mark.
“Foi isso que eu ouvi de uma fonte muito confiável.”
Mark já registrou outras vezes sua alegação de que os laços de seu irmão com Trump iam além do que o ex-presidente sugere.
“Ele não me contou o que sabia, mas Jeffrey definitivamente tinha algo contra Trump”, declarou Mark anteriormente.
“Você pode ver nos e-mails, Trump pode negar o quanto quiser, mas é bem claro que tudo o que ele diz é mentira.”
O que você acha que pode surgir nos arquivos de Epstein? Deixe sua opinião nos comentários.
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