80% das mulheres já experimentaram broadening. Crédito / Shutterstock
Podemos até estar cada vez mais conectados como espécie graças ao avanço da tecnologia e às grandes barreiras que ela superou, mas ainda existem coisas que provavelmente continuarão mais privadas do que públicas enquanto formos… bem, humanos.
Os detalhes de certas atividades no quarto se encaixam exatamente nisso. E embora se possa dizer que a sociedade se tornou bem mais liberal do que era, digamos, há um século, existe um motivo para tópicos como sexo (e as inúmeras ramificações que surgem dessa árvore de conversas) não serem discutidos normalmente no intervalo do trabalho ou no corredor movimentado de um supermercado.
Isso não significa que não sejam assunto entre amigos ou colegas em ambientes mais descontraídos; apenas que um leve tabu ainda paira sobre o tema como uma nuvem que se dissipa lentamente. Questões pessoais são questões pessoais, afinal — não informações públicas a serem distribuídas por aí.
A internet, porém, oferece um espaço seguro para debater e dissecar essas coisas sem medo de julgamento ou risadas. Foi onde tendências de quarto como hotwifing e hamstering ganharam destaque nos últimos tempos — e o lugar ideal para falarmos sobre uma nova tendência que vem chamando atenção: broadening.
A palavra talvez não signifique nada para você nesse contexto, mas, segundo a terapeuta psicosexual Natasha Silverman, há uma grande chance de você já estar familiarizado com o conceito associado, queira admitir ou não.
Falando ao Metro, Silverman explicou: “Broadening pode criar uma sensação de prazer mais difusa e que envolve o corpo todo, levando a orgasmos que parecem mais profundos, mais amplos e até mais ondulados, em comparação ao clímax mais intenso e concentrado causado pela estimulação direta.”
Além disso, o broadening é bastante popular: 75% das mulheres o descobrem antes mesmo de ter experiências sexuais com um parceiro pela primeira vez.
Vamos tirar o mistério caso você ainda não saiba exatamente o que é broadening: é uma forma de autoestimulação feminina que envolve pressionar, movimentar ou esfregar toda a vulva contra uma superfície externa.
Segundo a especialista, os orgasmos resultantes podem ser mais amplos e de construção mais lenta.
Silverman disse: “Como qualquer tipo de toque sexual, o broadening é profundamente pessoal.”
Algumas pessoas o consideram seu método preferido de prazer, enquanto outras podem não gostar da sensação ou não se sentir atraídas por ela, preferindo penetração ou estimulação direta do glande externo.
De acordo com o Metro, um estudo revelou que 13% das mulheres que praticam broadening esfregam o corpo de bruços em superfícies planas, como colchões ou pisos. Já 18% preferem superfícies macias com um centro mais firme, como o braço de um sofá ou um cobertor enrolado.
16% das mulheres afirmaram gostar de algo um pouco mais rígido, esfregando-se em objetos como bordas de mesas ou estrados de cama.
Silverman continuou: “Explore movimentos diferentes, como balançar, fazer círculos ou aplicar uma pressão pulsante suave, em vez de apenas movimento para frente e para trás.”
Ela acrescentou: “Varie também as posições, como deitar de bruços, sentar-se ereta ou ficar em pé apoiada em algo — ou em alguém — para criar diferentes sensações.”
Você também pode experimentar tecidos e diferentes níveis de fricção; por exemplo, usar materiais mais suaves, como uma fronha de seda, que pode proporcionar uma sensação distinta das superfícies mais firmes, como uma cama ou sua própria mão.
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