Cirurgia de BBL malfeita deixa mulher da Flórida incapacitada

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O que começou como um procedimento para aumentar a autoestima deixou uma família da Flórida enfrentando uma realidade devastadora.

Daidys Peña, de 50 anos, fez um Brazilian Butt Lift (BBL) no A&E Med Spa em maio de 2023. Segundo seu marido, Jorge Fernandez, a cirurgia resultou em uma embolia pulmonar que causou graves danos cerebrais, deixando-a incapaz de andar, falar ou comer sozinha.

“Ela foi minha primeira, tipo, meu primeiro amor”, disse Jorge à 7 News. Ele lembrou que sempre dizia à esposa que ela era perfeita como era, mas apoiou sua decisão de fazer o procedimento. Ele nunca imaginou que isso a deixaria lutando pela vida.

Os médicos inicialmente alertaram Jorge para se preparar para o pior. Contra todas as probabilidades, Daidys sobreviveu, mas agora depende de uma sonda de alimentação e precisa de cuidados 24 horas por dia do marido. “Ela nunca mais vai falar, andar ou comer sozinha”, disse ele.

Jorge desde então entrou com um processo contra o A&E Med Spa e o cirurgião que realizou o procedimento, Dr. Fermin Esteban Morales. A ação alega que o casal foi enganado sobre as qualificações de Morales.

Embora Morales seja licenciado como cirurgião geral, ele não possui certificação em cirurgia plástica. A advogada Lavenia Santos, que representa a família, argumenta que os pacientes são frequentemente levados a acreditar no contrário. “Pelas representações feitas pelos agentes do A&E Med Spa, qualquer pessoa razoável seria levada a acreditar que Morales era certificado em cirurgia plástica, quando, na verdade, não era”, disse Santos.

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De acordo com a lei da Flórida, qualquer médico licenciado pode realizar procedimentos estéticos legalmente, independentemente da especialidade. Santos ressaltou que a maioria dos pacientes provavelmente reconsideraria se submeter a procedimentos de risco se soubesse toda a verdade. “O que aconteceu com ela não deveria acontecer com ninguém”, acrescentou.

Esta não é a primeira vez que o trabalho de Morales é questionado. No início deste ano, o Cirurgião-Geral do Estado recomendou sanções contra ele após a morte de outra paciente durante um procedimento de aumento de glúteos. Os registros estaduais não mostram como esse caso foi resolvido.

Em resposta ao processo, o A&E Med Spa negou todas as acusações e afirmou que Morales não trabalha mais lá. O advogado da clínica se recusou a comentar mais sobre o caso. O próprio Morales não respondeu aos pedidos de comentário.

Para Jorge, o foco agora não está mais na batalha judicial, mas em garantir que ninguém mais sofra como sua esposa sofreu. “Vamos garantir que nenhuma outra família tenha que passar por esse pesadelo”, disse ele.

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Enquanto isso, amigos e apoiadores lançaram uma campanha no GoFundMe para ajudar a cobrir as despesas médicas e de reabilitação de Daidys. A página a descreve como portadora de “lesão cerebral grave causada por uma embolia pulmonar maciça” e observa que ela passou sete meses internada.

A arrecadação busca $25.000 para apoiar seus cuidados contínuos, reabilitação e necessidades diárias. Até o momento, a campanha ainda não atingiu sua meta.

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