
Foto embaçada de clínica. Crédito / Shutterstock
A medicina moderna pode realizar verdadeiros milagres — e poucas histórias demonstram isso melhor do que a de Megan King.
Com apenas 16 anos, Megan sofreu uma lesão devastadora durante uma partida de futebol que mudaria sua vida para sempre.
Hoje com 35 anos, a mulher de Illinois compartilha como uma condição rara e um acidente improvável a levaram a um caso assustador de decapitação interna — e como, contra todas as probabilidades, ela sobreviveu.
Embora a decapitação completa seja sempre fatal, a decapitação interna — conhecida medicamente como deslocamento atlanto-occipital — é uma lesão extremamente perigosa em que o crânio se descola da coluna internamente. Segundo o site Real Clear Science, ela tem uma taxa de mortalidade de 70%.
O pesadelo de Megan começou quando ela caiu ao saltar para alcançar a bola, machucando o tornozelo, a coluna e rompendo músculos de ambas as escápulas. Ao longo dos anos, ela passou por 22 cirurgias, mas os médicos não conseguiam entender por que seu corpo não se curava.
Em 2015, ela finalmente foi diagnosticada com a síndrome de Ehlers-Danlos hipermóvel (hEDS), uma condição genética rara que afeta a produção de colágeno e causa instabilidade nas articulações. Enquanto algumas pessoas com hEDS são extremamente flexíveis, no caso de Megan, a condição teve o efeito oposto — travando seu corpo em uma rigidez quase total.
À medida que sua condição piorava, Megan passou por uma cirurgia de emergência no pescoço e precisou usar um colete halo — uma estrutura rígida fixada ao crânio com parafusos para manter a cabeça no lugar. No entanto, quando um médico removeu o suporte cedo demais, seu crânio se separou da coluna.
“Joguei minha cadeira para trás para evitar que a gravidade me decapitasse,” contou ela ao Daily Mail. “Meu neurocirurgião teve que segurar meu crânio com as mãos. Eu não conseguia ficar em pé. Meu lado direito tremia incontrolavelmente. Foi um show de horrores. Acordei sem conseguir mover a cabeça.”
Após a decapitação interna, Megan enfrentou mais 15 cirurgias. Hoje, sua coluna está completamente fundida — do crânio até a pélvis — o que a impede de virar ou inclinar a cabeça para qualquer lado.
“Sou literalmente uma estátua humana,” disse ela. “Minha coluna não se move nem um milímetro. Mas isso não significa que eu parei de viver.”
Incrivelmente, apesar das imensas limitações físicas e de duas décadas de recuperação, Megan encontrou formas de resgatar partes da sua antiga vida. Recentemente, ela fez um retorno triunfante a uma pista de boliche — um lugar que não visitava desde a adolescência.
“Acertar um strike na primeira jogada,” compartilhou. “Meus amigos gritaram, bateram palmas e comemoraram como loucos. Eles não estavam celebrando só o strike. Estavam celebrando tudo o que eu sobrevivi.”
Agora, Megan está focada em se adaptar ao seu “novo corpo”, descobrindo continuamente do que ainda é capaz. “Não é fácil,” admitiu. “Mas sempre me surpreendo com o que ainda consigo realizar.”
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