Nós todos encontramos dificuldades na vida, algumas graves, outras menos. O que geralmente importa mais é a coragem e determinação com as quais nós enfrentamos estas dificuldades, e a importância de se lembrar de que nunca é tarde demais para mudar as coisas.
Ginny Burton sabe um bocado sobre isso, acredite. Sua incrível história de dificuldade e eventual triunfo foi recentemente publicada pela Local12 News, e, rapaz, é uma bela leitura.
De acordo com Eric Johnson, da Local12, ele encontrou Ginny pela primeira vez há vários anos atrás, enquanto pesquisava sobre a epidemia de desabrigados que estava se espalhando por Seattle, assim como em vários outros locais dos EUA.
“Eu entrei num abrigo de homens chamado Lazarus Day Center, administrado pela Catholic Community Services”, Eric escreveu. “Eu não sei o que estava procurando. Eu só queria conversar com alguém e aprender.”
“Eu me introduzi a uma mulher que trabalhava lá. Ela tinha cabelos longos e parecia cansada. Ela estava totalmente cheia de tarefas e parecia suspeitar um pouco de mim, mas ela saiu e falou comigo por alguns minutos.”
Aquela mulher era Ginny Burton. De acordo com a Local12, Eric mais uma vez encontrou Ginny dois anos mais tarde, após ligar para Lazarus para saber se ela ainda trabalhava lá.
“Quando ela ligou, eu disse, ‘Eu não sei porque, mas eu acho que preciso falar com você de novo…” Eric escreveu.
Foi então que ela explicou sua história de vida, que incluía ter nascido com uma mãe viciada em drogas e traficava e tinha doenças mentais. Seu pai, enquanto isso, foi mandado à prisão enquanto ela tinha apenas quatro anos após realizar uma série de assaltos.
Como resultado de sua infância problemática, Ginny fumava maconha desde os seis anos. Sua mãe a introduziu à metanfetamina aos 12, e aos 14 ela já fumava crack.
Após, segundo relatos, ser estuprada aos 16, ela tentou suicídio pela primeira vez aos 17. Duas crianças e um casamento abusivo mais tarde, Ginny se viciou em heroína quando tinha 23.
Ginny contou ao Local12: “Eu sou aquela pessoa. Eu tenho 17 condenações. Eu sou a pessoa que você costumava segurar a bolsa quando passava perto. EU sou a pessoa que aleatoriamente atacaria alguém em público. Eu não era uma pessoa saudável. Todos eram uma vítima, e todos eram uma presa.”
Sobre sua vida nas ruas, que consistia dela e seu cúmplice masculino roubando vendedores de drogas mexicanos com armas, ela continuou:
“Quando você está presa nas ruas e você cheira a fezes e você não toma banho há muito tempo e você não consegue usar os serviços sociais durante as horas de serviço porque você está ocupada demais tentando alimentar os seus vícios, e seu vício é maior do que você… e você já comprometeu sua integridade várias vezes, de novo e de novo e de novo, e você está começando a ser vitimizada por pessoas na rua… você não tem esperanças.”
“Você não aguenta sua vida. Você preferiria estar morta do que viva. Eu passei a maioria do meu vicio desejando que alguém me explodisse.”
Percebendo que ela estava num caminho terrível, Ginny tentou largar as drogas e se ajeitar, mas ela estava perdida num ciclo inquebrável de vício. Sua última visita à cadeia foi em 2008, onde ela ficou presa por 33 meses.
Após consegui se limpar por seis meses após ela finalmente sair, ela eventualmente entrou em relapso. Então ela foi presa em 5 de dezembro de 2012, pela última vez.
“Eu estava num caminhão roubado”, ela contou ao Local12.
“Um bem lento. Eu comecei a dirigir e um policial ligou as luzes para me parar porque uma das luzes do caminhão não estava funcionando. Eu acelerei e ele me perseguiu. EU quase bati em uma árvore na frente de um prédio residencial. E foi isso. Esse foi o fim.”
Porém, esse não foi o fim. Pelo menos não o fim de toda a esperança.
Após implorar para ser posta no programa de Drug Diversion Court, Ginny passou por reabilitação e tratamento, onde ela pôde ficar, e dessa vez continuar, limpa.
Determinada a corrigir os erros de seu passado, Ginny foi trabalhar nos serviços sociais para o Post Prison Education Program durante sete anos. Foi lá que ela teve a ideia e inspiração de ir à faculdade.
Ela disse: Isso me fez reconhecer quanto tempo eu havia gastado da minha vida. E eu também reconheci que eu era boa em aprender. Algo que eu gostava.”
Atendendo a aulas no South Seattle College, Ginny aplicaria para entrar à University of Washington (UW). Em 2019, ela foi premiada com um Martin Honor Scholaship à UW.
Aos 47 anos, Ginny estudou ciência política, e ela era exemplar.
Recentemente, ela postou duas fotos lado a lado para marcar dois diferentes períodos de sua vida. Primeiro, uma foto da Cadeia de King County, em 2005, mostrando seu ponto mais baixo. A outra mostra ela cheia de alegria com seu chapéu de formatura.
Ela escreveu: “Hoje eu deixei para trás os sentimentos de insegurança sobre minha idade, as linhas na minha face, minha genética, minhas falhas e a síndrome de impostor para reconhecer que, não importando o quê, se eu estiver respirando, eu posso fazer qualquer coisa que minha mente se dedicar a fazer. Me graduar aos 48 no departamento de Ciências Políticas na Universidade de Washington Seattle foi um verdadeiro feito para esta antiga desistente.”
Tendo lido sobre o conto dos pontos mais baixos da vida desta mulher e sua redenção, não se pode se sentir de outra maneira senão inspirado.
Enquanto a Ginny, ela contou a Eric Johnson de Local12: “Minha história não foi um acidente.”
“Eu acho que ela será usada por todos os outros. Talvez eu seja algum tipo de Flautista de Hamelin, para ajudar as pessoas a consertar suas vidas. É isto com que me importo. Há alguns dias em que eu desejo que poderia sair daqui, ter um jardim, e abrir um cafezinho. Mas na realidade eu sei que meu trabalho é o de continuar a criar esperança.”
Que história indescritivelmente bonita. Muito bom, Ginny, você é um brilhante exemplo para outros enfrentando adversidades seguirem.
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