Historicamente, gêmeos siameses tiveram muitas dificuldades. As chances de sobrevivência são baixas e cerca de aproximadamente 50 por cento nascem natimortos e daqueles que sobrevivem, outra metade falece por conta de complicações, o que significa que aproximadamente apenas 25 por cento sobrevive.
Ao longo dos séculos, gêmeos siameses – se eles ao menos sobreviverem ao nascimento – tiveram que passar suas vidas juntos.
Mas graças à medicina moderna e cirurgia medicinal, os gêmeos siameses agora podem ser separados para que possam viver vidas “normais”. Se os gêmeos ainda não forem adultos e não compartilharem órgãos vitais, então a separação cirúrgica pode ter sucesso.
Mas a operação tem grandes riscos.
Quando Maggie Altobelli estava na 20ª semana de gravidez, ela descobriu, através do ultrassom, que as gêmeas em sua barriga eram siamesas, escreve a People.
– Eu estava tentando descobrir o gênero do bebê que pensei que iríamos ter, e no fim era um pouquinho mais complicado, Maggie contou ao jornal.
É claro, todos envolvidos estavam preocupados, mas logo se tornou claro que as meninas tinham corações separados, o que possibilitava uma separação após o nascimento.
No fim das contas, as meninas também compartilhavam o diafragma e o fígado, mas o fígado era tão largo que poderia ser dividido.
“Seu fígado partido era grande o suficiente para ser compartilhado entre elas, tornando-as excelentes candidatas para a cirurgia de separação”, disse o Children’s Hospital da Philadelphia, nos EUA, onde a cirurgia ocorreu.
Nascidas de uma cesariana
Durante o resto da gravidez, tanto Maggie quando Dom se sentiram tão tensos quanto nervosos sobre o que o futuro tinha guardado.
As meninas nasceram através de uma cesariana em 18 de novembro de 2020 e continuaram no hospital. Por mais dez longos meses.
A família tentou viver da melhor maneira que pôde enquanto os médicos fizeram todo seu planejamento para a operação. Eles fizeram modelos 3D do fígado, usaram expansões de pele para assegurar que as duas teriam pele o bastante para cobrir a parece do tórax exposta e abdômen após a cirurgia.
Separadas após 10 horas
Em 13 de outubro, era hora. Após uma operação de 10 horas, Addy e Lilly foram separadas.
“Ver as duas com seus corpos inteiros – seus corpos eram tão perfeitos – foi incrível”, Maggie contou ao hospital, em uma conferência de imprensa.
Um mês mais tarde, a família foi capaz de retornar a Chicago.
Hoje, Addy e Lily têm um pouco mais de dois anos de idade. Elas são alimentadas por tubos e precisam de ajudar na respiração, mas os médicos estão otimistas com o futuro das meninas.
Compartilham laços especiais
Mesmo que ela nãos estejam mais fisicamente conectadas, as meninas ainda compartilham um laço especial.
– Elas se sentam e olham uma para a outra e sorriem e brinca, Dom contou ao Today.
– Esta é nossa jornada. É uma jornada muito especial de várias maneiras, Maggie adicionou, continuando:
– Estas meninas vão viver vidas longas e saudáveis. É milagroso e incrível que nós vivemos esta vida.
Veja mais do incrível destino das meninas no vídeo abaixo: