Jane Goodall, a maior especialista mundial em chimpanzés, cujo trabalho foi retratado em mais de 40 documentários, faleceu.
Após sua partida aos 91 anos, o mundo celebra a vida extraordinária de Jane Goodall — e uma das pessoas profundamente inspiradas pela ativista lendária é Leonardo DiCaprio.
O ator compartilhou agora suas sentidas últimas palavras sobre a renomada antropóloga.
Uma jovem em um mundo dominado por homens
O mundo lamenta a perda de Jane Goodall, a primatóloga pioneira cujo trabalho inovador com chimpanzés transformou nossa compreensão do mundo natural. Goodall, de 91 anos, faleceu em 1º de outubro de 2025, durante uma turnê de palestras na Califórnia, confirmou o Instituto Jane Goodall.
O nome de Goodall tornou-se sinônimo de compaixão pelos animais e incansável conservação. Ela chamou a atenção global pela primeira vez em 1960, quando viajou da Inglaterra para o que hoje é a Tanzânia para estudar chimpanzés em seu habitat natural — uma atitude ousada para uma jovem em um campo dominado por homens.
Ela relembrou à People como observou os chimpanzés usando ferramentas: “Usando um pedaço de grama como ferramenta para pescar cupins, depois escolhendo galhos com folhas e retirando-as.” Até então, acreditava-se que o uso de ferramentas fosse exclusivamente humano.
Seu amor pelos animais e sua determinação em fazer a diferença a levaram a conquistar um doutorado em etologia pela Universidade de Cambridge em 1962, apesar de não possuir um diploma de graduação. Em 1977, fundou o Instituto Jane Goodall, escreveu inúmeros livros e passou mais de seis décadas defendendo o bem-estar animal, a conservação e a proteção ambiental.
“Estou desesperada para fazer a diferença antes que seja tarde demais”, disse ela à revista Parade em 2020.
“Podemos simplesmente desistir, ou podemos dizer: ‘Nós já causamos muito dano ao meio ambiente, mas vamos lutar pelo que restou.’”
As contribuições de Goodall lhe renderam o reconhecimento como Mensageira da Paz da ONU, título que ela compartilhou com Leonardo DiCaprio. Após sua morte, o ator vencedor do Oscar compartilhou uma homenagem emocionante à sua amiga e colaboradora de longa data.
As últimas palavras de Leonardo DiCaprio para ela
“Jane Goodall dedicou sua vida a proteger nosso planeta e dar voz aos animais selvagens e aos ecossistemas que eles habitam”, escreveu DiCaprio no Instagram.
“Sua pesquisa inovadora sobre chimpanzés na Tanzânia transformou nossa compreensão de como nossos parentes mais próximos vivem, socializam e pensam — lembrando-nos de que estamos profundamente conectados não apenas aos chimpanzés e outros grandes primatas, mas a toda forma de vida.”
Ele continuou: “Por décadas, Jane viajou o mundo com energia incansável, despertando gerações para o encanto do mundo natural. Ela falava diretamente à próxima geração, transmitindo esperança, responsabilidade e a crença de que cada indivíduo pode fazer a diferença. Ela inspirou milhões a se importar, a agir e a ter esperança. Ela nunca parou. Minhas mais profundas condolências à sua família.”
DiCaprio convidou seus seguidores a honrarem o legado de Goodall: “Juntem-se a mim no apoio ao Instituto Jane Goodall e a outros grupos de conservação. Minha última mensagem para Jane foi simples: ‘Você é minha heroína.’ Agora, todos nós devemos carregar a tocha dela na proteção da nossa única casa compartilhada.”
A influência de Goodall se estendeu muito além da ciência. Ela apareceu em mais de 40 documentários, compartilhando suas descobertas e percepções com o mundo, e mais recentemente colaborou com DiCaprio em Howl, um filme live-action que explora a jornada de sobrevivência de um cachorro e um lobo pela perspectiva dos animais.
Qual foi a causa da morte de Jane Goodall?
Não está claro se Jane Goodall sofria de alguma doença grave, mas sabemos que ela tinha prosopagnosia, condição que dificultava o reconhecimento de rostos familiares.
Ela faleceu por causas naturais, confirmou o Instituto Jane Goodall no Instagram.
A trajetória de Jane — de uma jovem inspirada pelo amor aos animais a uma antropóloga pioneira e ícone ambiental global — deixa um legado duradouro que continuará a inspirar gerações futuras.
Ela deixa seu filho, Hugo Eric Louis van Lawick, e três netos.
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