PF prende dono do Banco Master no Aeroporto de Guarulhos

Uma nova operação mira emissão de títulos sem lastro enquanto BC decreta liquidação da instituição

A Polícia Federal prendeu o empresário Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, na noite de segunda-feira (17), no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Segundo as autoridades, ele se preparava para embarcar em um jato particular com destino a Dubai quando foi detido.

Operação investiga movimentações irregulares

A ação faz parte de uma investigação do Ministério Público Federal que apura a venda de carteiras de crédito sem lastro para outras instituições financeiras. A suspeita é que os papéis tenham sido fabricados para inflar artificialmente o patrimônio do banco, causando riscos ao sistema financeiro.

A PF cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em diversos estados, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal.

Banco Central decreta liquidação extrajudicial

Paralelamente à prisão, o Banco Central determinou a liquidação extrajudicial do Banco Master. Com a medida, os bens de administradores e ex-gestores ficam indisponíveis e as operações da instituição são encerradas imediatamente.

A liquidação encerra a negociação que vinha sendo conduzida com a holding Fictor, que avaliava a compra do banco. Agora, o BC vai analisar o passivo e o patrimônio para definir o ressarcimento a credores e investidores.

Impacto para clientes e mercado

Os correntistas e investidores contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que cobre até R$ 250 mil por CPF em depósitos elegíveis. A intervenção também reacende o debate sobre bancos que captam recursos oferecendo rendimentos muito acima do mercado.

Especialistas ouvidos pela imprensa afirmam que operações arriscadas em instituições de menor porte podem sinalizar fragilidades internas — especialmente quando combinadas com forte expansão e produtos agressivos.

Caso segue em investigação

Vorcaro permanece detido e deve prestar novos esclarecimentos nos próximos dias. A Polícia Federal ainda apura se outras pessoas podem estar envolvidas no esquema e quais valores teriam sido movimentados de forma ilegal.

O caso, que já provoca repercussões entre investidores e empresas do setor financeiro, pode levar a mudanças na fiscalização de bancos menores. As investigações continuam sob sigilo, e novas etapas da operação devem ocorrer ao longo das próximas semanas.

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