
Pensa que o Alzheimer só atinge idosos? Pense de novo.
Para alguns, a doença devastadora chega bem antes do esperado — roubando memórias, independência e identidade enquanto ainda estão criando filhos ou construindo carreiras. É o chamado Alzheimer precoce, que pode surgir aos 40 ou 50 anos.
É o caso de Rebecca Luna. Ela nunca imaginou que sua vida mudaria tão drasticamente e tão cedo.
Dois anos atrás, Rebecca estava no auge. Aos 48 anos, equilibrava maternidade, trabalho e um estilo de vida acelerado que adorava. Mas tudo mudou com um diagnóstico que transformou sua vida: Alzheimer de início precoce.
Hoje, a mãe de dois filhos compartilha sua jornada com o mundo — por meio de vídeos emocionantes no TikTok, reflexões sinceras no GoFundMe e uma carta profundamente pessoal publicada no Yahoo. E embora se esforce para manter a esperança, Rebecca sabe o que está por vir.

“Estou enfrentando uma forma rara de Alzheimer: o Alzheimer de Início Precoce. Essa doença é terminal e progressiva, com uma expectativa de vida mais curta (8 anos)”, escreveu ela em sua página do GoFundMe.
“Estou fazendo o possível para viver plenamente, trabalhar e cuidar de mim mesma — mas a realidade é que não poderei fazer isso para sempre. À medida que a doença avança, eventualmente perderei a capacidade de trabalhar, viver de forma independente e me sustentar financeiramente.”
Rebecca está arrecadando fundos não apenas para seus próprios cuidados, mas também para garantir o futuro de seus filhos diante das incertezas. Sua campanha é um lembrete comovente de como essa doença rouba não apenas memórias, mas também a independência e a identidade das pessoas.
Quando os sintomas apareceram
Olhando para trás, Rebecca diz que os sinais já estavam presentes — mas eram fáceis de ignorar no início. Ela atribuía os esquecimentos ao estresse. Até que, um dia no trabalho, sentou-se diante do computador… e tudo ficou em branco.
“Estou nesse emprego há alguns anos. Quando abri o computador [uma manhã] e olhei para ele, eu não sabia o que fazer”, contou ela ao Yahoo News.
“Eu não sabia por onde começar. Normalmente, você começa o dia de trabalho e pensa: ‘Ah, tenho que fazer isso, isso e aquilo.’ Mas eu não fazia ideia. Era só… vazio.”
Aquele momento foi um divisor de águas.
O dia em que quase perdeu sua casa
Os problemas de memória logo ultrapassaram o ambiente de trabalho.
“Aconteceram coisas [depois] que eram obviamente [sinais de] que algo estava errado”, disse Rebecca.
Um episódio, em particular, ainda a assombra.

“Eu estava cozinhando um ovo. Deixei no fogão e saí andando até o centro da cidade, que fica a meia hora a pé”, contou ela.
“Quando cheguei ao centro, percebi que tinha deixado o fogão ligado. Corri de volta pra casa, e a casa estava tomada pela fumaça. Literalmente, quase provoquei um incêndio.”
Momentos como esse mostram a urgência da situação de Rebecca. Ela está perdendo a capacidade de viver sozinha — mas não está perdendo a esperança.
Segurando a positividade, um dia de cada vez
Apesar de saber que sua condição só vai piorar, Rebecca luta para manter o otimismo — por ela mesma, pelos amigos e, acima de tudo, pela família.
Seus vídeos no TikTok são crus, sinceros e muitas vezes emocionantes. E sua página no GoFundMe tem ajudado a conscientizar o público sobre uma doença que muitas vezes é mal compreendida — especialmente quando atinge alguém tão jovem.
A força de Rebecca diante do que está por vir é, ao mesmo tempo, devastadora e profundamente inspiradora. E ela tem uma mensagem importante para quem ama alguém com Alzheimer:
“Minha sugestão é encontrar a pessoa onde ela está. O que me ajuda muito com meu parceiro é não ser questionada, mas sim lembrada, e simplesmente ser acreditada. E receber um abraço. Ouvir um ‘eu te amo’. Porque, sendo completamente honesta, o que eu mais preciso é de um abraço da minha família”, diz Luna.
Se você quiser apoiar Rebecca ou saber mais sobre sua história, pode encontrá-la no TikTok ou visitar sua página no GoFundMe.
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