Menina de 5 anos morre horas após médica mandá-la para casa – por ter chegado 5 minutos atrasada

Ver o seu filho doente é o pesadelo de todos os pais. Fazemos tudo o que estiver ao nosso alcance para deixar nossos pequenos o mais confortáveis possível, mas quando o amor, o cuidado e o colo não são o bastante, são aos médicos a quem nos dirigimos.

Em 26 de janeiro de 2015, Ellie-May Clark, de cinco anos, teve um ataque de asma. A mãe dela, Shanice Clark, imediatamente ligou para os médicos na tentativa de arranjar alguém para fazer uma visita domiciliar.

Como isso não foi possível, a mãe marcou uma consulta de urgência para Ellie-May na Grange Clinic, em Newport, no País de Gales. A mãe foi informada de que tinha 25 minutos para chegar lá.

Shanice, que tinha recentemente deu à luz outro bebê, não tinha carro, mas disse à clinica que estava a caminho.

 

Quando chegaram, cinco minutos atrasadas, mãe e filha entraram na fila para apresentarem-se à recepção e acabaram perdendo aí mais alguns minutos. No momento em que a vez delas chegou, a médico recusou-se a vê-las.

Aparentemente, a Dra. Joanne Rowe tinha uma política rígida de não aceitar pacientes com mais de dez minutos de atraso para sua consulta.

A rede de TV Sky News disse que, de acordo com Shanice, ela teria ligado para a clínica às 16h35 e conseguido a consulta para as 17h.

Posted by Urban Lites on Sunday, February 26, 2017

Shanice diz que sua filha perguntou: “Por que a médica não vai me examinar?”, depois que ficou evidente que elas não seriam atendidas.

A recepcionista na clínica afirmou que Shanice e Ellie-May chegaram 18 minutos atrasadas. De acordo com o jornal New York Post, Shanice tem outra versão.

Médica pediu a Shanice que voltasse no dia seguinte

Shanice ficou, obviamente, irritada e chateada com a decisão da médica de recusar o tratamento à filha. A rede de TV britânica BBC disse que a Dra. Rowe não teria sequer perguntado sobre o que levava Ellie-May à clínica, e tampouco não olhou seus boletins médicos antes de mandá-la embora.

O médico legista envolvido no caso estava ciente da regra de dez minutos, mas foi informado de que era a primeira vez que a regra era imposta em uma consulta de emergência.

Em vez de ver um médico, Shanice foi orientada a ir para casa e verificar a condição da filha a cada dez a quinze minutos.

Ela fez exatamente isso e colocou Ellie-May na cama às 20h. Às 22h30, ela ouviu a filha tossir e foi ver como ela estava. Ela encontrou Ellie-May caída no chão, com o rosto e as mãos azuis. A menina foi levada às pressas ao Royal Gwent Hospital, em Newport, mas morreu na ambulância, no caminho.

5-year-old girl dies of asthma attack hours after doctor turned her away!LONDON: A 5-year-old girl died of an asthma…

Posted by Malaysia Nanban Tamil Daily on Sunday, February 26, 2017

A autópsia revelou que a causa da morte foi a asma brônquica.

Após o caso, a família fez uma declaração dizendo o quanto eles estavam decepcionados por serem rejeitados quando buscaram ajuda.

De acordo com o New York Post, a legista teria escrito em seu parecer: “A partir das evidências, não é possível determinar com certeza se uma intervenção anterior teria alterado o resultado para Ellie, mas, no entanto, Ellie deveria ter sido vista por um [médico] naquele dia e ela foi desapontada pelas falhas no sistema”.

Clínica fez declaração

Claro, nenhuma quantidade de desculpas dará a filha de volta a Shanice.

A legista Wendy James prometeu escrever uma carta para a clínica em questão, bem como ao conselho de saúde Anuerin Bevan e a inspetoria de saúde do País de Gales, em uma tentativa de evitar que algo assim acontecesse novamente.

Não é preciso dizer que nenhuma criança que procura atendimento médico deve ser enviada para casa sem ao menos um exame simples. Esperemos que um evento tão trágico possa ser usado como um exemplo, de modo a impedir outros casos semelhantes no futuro.

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